Quinta-feira, 18 Abril

«Bloody Beans» vence CPH: DOX

 

O filme argelino Bloody Beans, que marcou a estreia de Narimane Mari, foi o grande vencedor do CPH: DOX, um festival de cinema documental que ocorreu na Dinamarca, de 7 a 17 de novembro.

A escolha acabou por surpreender a própria cineasta, que logo quando a obra foi selecionada para o certame questionou a organização: «mas têm a certeza que querem o meu filme?». «O meu filme realmente joga com o conceito de realidade: sobre a percepção que temos do que é informação verdadeira e falsa. A informação que recebemos na escola e dos Media, nós acreditamos que é a verdade. Porém, nem sempre temos de obedecer e pensar que um facto é um facto», afirmou a cineasta à imprensa depois de triunfar no certame. 

Neste híbrido entre o cinema documental e o drama, como que testando os limites da própria realidade [algo tão em voga nos certames europeus de cinema documental], assistimos à forma como um grupo de crianças, entre brincadeiras e registos teatrais, recria a história da Argélia. «Quando disse à minha mãe que ganhámos, ela ficou muito feliz porque as pessoas de Copenhaga podiam descobrir a história da Argélia. E acho que isto diz tudo. Todos nós sabemos muito sobre a guerra e o terror, mas muito pouco sobre as situações de liberdade pelo mundo», acrescentou Mari.

No que toca a outros vencedores, realce para a menção honrosa entregue a Stop the Pounding Heart, de Roberto Minervini, o prémio F:ACT, entregue a Dirty Wars, de Richard Rowley, e a vitória de Spell To Ward Off the Darkness, de Ben Rivers e Ben Russell, da distinção New: Vision.

Uma última nota para Everyday Rebellion, um filme de Arman & Arash Riahi, que teve a sua antestreia mundial no festival e que recebeu mesmo o prémio do público.

Aqui ficam todos os vencedores do certame:

Vencedores

Prémio Dox – Bloody Beans, de Narimane Mari
Prémio New:Vision – A Spell To Ward Off the Darkness, de Ben Rivers and Ben Russell
Prémio F:ACTDirty Wars, de Richard Rowley
Prémio Melhor Filme Nórdico – After You, Marius Dybwad-Brandrud
Prémio do Público – Everyday Rebellion, de Arman & Arash Riahi

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