Quinta-feira, 25 Abril

Polémica na Jordânia com a primeira série árabe da Netflix

A série original chegou à plataforma Neflix na passada quinta-feira

A primeira série original árabe da plataforma Netflix, Jinn, está a provocar polémica no país, isto porque – como relata o Allocine – é acusada de conter “cenas imorais“. 

Em causa está o facto de Mira, uma das protagonistas, beijar dois rapazes diferentes ao longo dos cinco episódios da série de cariz fantástico. A procuradoria local pediu à divisão do cibercrime do Ministério do Interior da Jordânia para conduzir uma investigação, isto porque, a comissão que controla os Media da Jordânia emitiu um comunicado de imprensa dizendo que não tinha controle sobre a produção da série e que seu papel como censor não se aplicava a plataformas de streaming. Também a Royal Film Commission, administrada pelo Estado, também disse que não poderia fazer nada. Nas redes sociais, existem também críticas à linguagem utilizada.

Jinn,  novela  adolescente com a desculpa de série com cariz fantástico

Na produção –  filmada na Jordânia –  criada por Mir-Jean Bou Chaaya e Bassel Ghandour, uma jovem involuntariamente evoca Jinns – criaturas dotadas de poderes sobrenaturais – de boa e má índole que transformam uma escola num campo de batalha.

Filmada na Jordânia, e com atores locais, a série vai buscar todos os lugares comuns das séries juvenis, sentindo-se um projeto americano com roupagem jordana. Bullying, relacionamentos, e outros temas, onde se inclui a emancipação feminina , são jogados de forma padronizada e esquemática num enredo que evoca os tais espíritos bons e maus em conflito. Com meios de produção e efeitos visuais limitados, Jinn acaba por ser um interessante princípio para a produção local da Netflix Middle East, que reagiu à controvérsia no Twitter, chamando-a de “onda de intimidação“.

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