Apesar de ter perdido o Oscar de melhor filme, Roma e o seu realizador, Alfonso Cuarón, foi um dos grandes destaques da cerimónia. Questionado pela Variety (Via The Playlist) logo após o evento, Cuarón voltou a referir que “nunca pretendeu que Roma fosse um filme político” e que o seu foco estava na personagem interpretada por Yalitza Aparicio
“Por causa de Yalitza e da sua incrível inteligência, civismo e generosidade, as pessoas estão a abraçar o seu carácter. Ao fazer isso, eles abraçam milhões de outras pessoas como ela. Isso está a acontecer num momento em que essas pessoas foram difamadas por Trump. Em última análise, as únicas fundações do muro que ele fala são o medo e o ódio. A arte às vezes pode ser um antídoto para esse medo e ódio ”, disse ainda o realizador, momentos antes de ser questionado se achava que Trump iria ver o filme.
Foi aí que Cuáron atacou o presidente dos EUA, recorrendo ao sarcasmo: “Não sei [se ele vai ver o filme]. Tem legendas (…) Ele teria que ler todas elas! [Suspiros] A sua mente estaria muito cansada passada uma hora. Talvez eles tivessem que parar as imagens, ou então alguém teria que ler tudo para ele. ”
