Sábado, 20 Abril

Sundance: documentário sobre Michael Jackson choca audiência

A presença policial no Festival de Cinema de Sundance foi ontem aumentada devido ao receio de protestos por parte de fãs de Michael Jackson contra a estreia de um novo documentário sobre o cantor, Leaving Neverland (referência ao rancho Neverland onde Jackson viveu entre 1988 e 2003), mas durante a exibição deste trabalho com 4 horas, dividido em duas partes, acabaram por ser poucos os protestantes à porta do cinema.

Dentro da sala, as coisas foram menos calmas e as emoções tomaram conta do público e críticos. Precavendo-se para a comoção que o documentário poderia provocar, profissionais de saúde estiveram presentes durante a exibição. Os relatos de criticos e jornalistas são avassaladores quanto ao que assistiram.

O filme apresenta entrevistas a dois homens que afirmam terem sido vítimas de Jackson. Estes, atualmente na casa dos trinta anos, tinham sete e dez anos quando Jackson alegadamente começou um longo relacionamento com eles e com as suas famílias. Descrevendo ao pormenor esses alegados abusos, a obra foca-se principalmente na parte de quando estes homens explicaram a familiares – anos mais tarde – o que realmente aconteceu nas sua infâncias.

Durante um breve intervalo da exibição, vários jornalistas compartilharam os seus pensamentos sobre o filme. Kevin Fallon, do Daily Beast, foi um deles e avisou: “Se pensavam que sabiam ou tinham conhecimento destas coisas, o conteúdo do filme é mais perturbador do que alguma vez poderiam imaginar. E estamos apenas na primeira metade [do filme].



 

David Ehrlich foi um dos críticos que se revelou mais perturbado, afirmando que iria “precisar de 400 banhos de chuveiro para se sentir limpo“.

 

 



 

Já no final da exibição, a Rolling Stone dizia: “No momento em que os créditos surgiram, a energia na sala pairou em algum lugar entre o desconforto com o que acabamos de testemunhar e a sensação que a mudança que estas acusações representam para o legado de Jackson foi alcançada“.

Instados a comentar o teor do documentário, representantes de Jackson afirmam que esta é mais uma produção chocante numa tentativa ultrajante e patética de explorar e lucrar com Michael Jackson“, e que estamos perante um verdadeiro “assassinato de uma personalidade“.

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