The Rider de Chloé Zhao; Leave No Trace de Debra Granik; You Were Never Really There de Lynne Ramsay; Can You Ever Forgive Me de Marielle Heller; e Private Life de Tamara Jenkins. Estes eram os filmes assinados por mulheres esta temporada que a Academia das Artes e Ciências Cinematográficas ignorou nos nomeados aos Oscars, segundo a imprensa norte-americana.
Uma das vozes que se levantou contra a falta de nomeações de filmes assinados por mulheres na categoria de melhor realizador foi a responsável por Wonder Woman (Mulher Maravilha), a cineasta Patty Jenkins.
Numa entrevista à Vulture, Jenkins diz que a Academia ainda é “muito, muito limitada”. “Vou dizer isto: A Academia está a trabalhar nisso, mas a verdadeira questão para mim é que no final, não importa o filme que você faz e não importa quanto dinheiro ele faça, e não importa quão diverso seja o público. A Academia ainda é muito, muito limitada. (…) “Por mais que a Academia esteja a trabalhar nisso, a grande maioria dos eleitores, especialmente na categoria de realização, são pessoas que tiveram sucesso como realizadores. Então, quem são eles? É dessa seleção [de nomeados] que eles vêm. Todos esses votos são feitos pelas mesmas pessoas ”. Assim, como chegam mais cineastas a este braço da votação? Talvez a Academia pudesse começar por convidar todas as mulheres cujos filmes foram ignorados este ano.”
Recorde-se que desde que sáo entregues os prémios da Academia, só cinco mulheres foram nomeadas nesta categoria: Lina Wertmuller (Seven Beauties, 1977), Jane Campion (The Piano, 1994), Sofia Coppola (Lost in Translation, 2004) e Kathryn Bigelow (The Hurt Locker, 2009) e Greta Gerwig (Lady Bird). Bigelow foi a única mulher a ser premiada com o Oscar de realização.
