No próximo dia 20 de fevereiro, o Cinema Monumental em Lisboa encerra a sua atividade cinematográfica. A notícia foi avançada hoje em conferência de imprensa por Paulo Branco, que acrescentou que nesse dia a programação do cinema será dedicada a um antigo visitante ilustre do espaço: o cineasta português João César Monteiro.
Para o produtor e exibidor, a falta de regulação no mercado português – entregue a grandes operadores – sufocou os espaços mais pequenos, responsabilizando ainda a falta de jovens nas salas e a imprensa de não falarem profundamente dos problemas da exibição em Portugal. Branco acusou ainda a EGEAC “de nunca ter tido consideração ao seu trabalho“.
Segundo a agência Lusa, a empresa que gere o edifício, a MP Properties, vai remodelar todo o espaço comercial com as obras a iniciarem-se no 2º semestre de 2019, num investimento de 20 milhões de euros. A ideia dos proprietários é encontrar um outro operador de cinema que tome conta do espaço, já que para Paulo Branco a continuidade da exploração das salas no futuro tornou-se economicamente “inviável“.
A decisão de encerrar as quatro salas com capacidade para mais de 800 espectadores já tinha sido tomada há algum tempo, segundo Paulo Branco, mas não tinha ainda a data definida. Branco fica assim – para já – apenas com a exploração do Cinema Nimas em Lisboa, isto depois de ao longo dos anos ter abandonado salas como o Ávila, o Fonte Nova e o Saldanha Residence. “Há muitas surpresas na vida” disse Paulo Branco, por isso deixa antever um regresso.
