Sábado, 20 Abril

Três filmes para não esquecer Claude Lanzmann

A plataforma Filmin disponibiliza, mediante subscrição, três filmes do mestre do documentário francês falecido no início de julho. Um deles é Shoah, de 1986, precisamente um dos seus maiores esforços e considerado um dos melhores filmes de sempre. Nele reconstruiu, num processo de trabalho que tomou 12 anos da sua vida e conta com entrevistas a sobreviventes, testemunhas e criminosos feitas em 14 países diferentes. O resultado são nove horas de um filme intenso contra o esquecimento e a “higienização” da História sobre o capítulo mais sombrio do percurso da civilização humana.

O Último dos Injustos reconstrói a memória de Benjamim Murmelstein – um rabino que lutou ferozmente com Adolf Eichmann para evitar a liquidação do gueto de Theresienstadt quando da anexação da Áustria. Nesta história onde 121 mil judeus conseguiram emigrar, Lanzmann lança luz também sobre a farsa do “gueto-modelo” pretendido pelos nazis.

Outro episódio com algum “sucesso” para os judeus foi o que dá nome a “Sobibor, 14 de outubro 1943, 16 Horas” – que dá conta do único episódio de rebelião bem-sucedido nos campos de concentração. 365 prisioneiros conseguiram fugir do campo extermínio polaco, mas apenas 47 lograram sobreviver às dificuldades da guerra. Lanzmann entrevista um deles – Yehuda Lerner, que narra as suas lembranças do acontecimento.

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