Sexta-feira, 29 Março

Roman Polanski apelida #MeToo de “histeria em massa” e ameaça levar a Academia de Hollywood a tribunal

Numa entrevista que promete dar que falar, o cineasta franco-polaco Roman Polanski disse à Newsweek polaca que a força motriz por trás do movimento de libertação das mulheres  é o “medo” e a “hipocrisia“, caracterizando ainda o movimento #MeToo de “histeria em massa“.

Polanski disse ainda que estes fenómenos “às vezes tomam um rumo mais dramático, como a Revolução Francesa ou a noite de São Bartolomeu, e às vezes menos sangrenta, como em 1968 na Polónia (revolta estudantil e da campanha anti-semita) ou durante o macarthismo nos Estados Unidos “.

Recorde-se que o diretor de 84 anos foi expulso na semana passada da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, devido aos novos padrões de boa conduta promulgados após o caso Weinstein. Esta  expulsão está relacionada com a alegada violação de Samantha Geimer em 1977. O cineasta declarou-se culpado na época por relações sexuais ilegais com uma jovem de 13 anos, mas acabaria por fugir dos EUA e nunca mais regressar. Polanski chegou mesmo a vencer um Oscar em 2002 por O Pianista. 

O advogado do cineasta, Harland Braun, enviou uma carta ao presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, John Bailey, esta terça-feira, ameaçando proceder judicialmente contra o que ele apelida de expulsão “ilegal” de Polanski da organização: O Sr. Polanski tem o direito de ir a tribunal e exigir que a sua organização siga os seus próprios procedimentos, bem como a lei da Califórnia. A única solução adequada seria a sua organização rescindir a  expulsão ilegal do Sr. Polanski e seguir os seus próprios Padrões de Conduta, dando a Polanski uma notificação razoável das acusações contra ele expostas e uma audiência justa para apresentar a sua posição em relação a qualquer expulsão proposta ”, diz a carta.

 

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