Sexta-feira, 19 Abril

Último trabalho de George A. Romero é lançado em 2019

O aclamado cineasta George Romero morreu no ano passado antes de poder completar o seu romance The Living Dead. Agora, a EW relata que o autor Daniel Kraus vai pegar no projeto onde Romero ficou e completar o trabalho. Kraus explicou à imprensa a sua abordagem ao projeto: “Algumas partes [do livro] estavam tremendas, prontas a serem publicadas, outras partes, perto do final que ele escreveu, eram mais esboços, claramente destinadas a serem desenvolvidas mais tarde. Apenas metade do trabalho que estou a ter é terminar este livro … A outra metade [do trabalho] é colocar o George de novo em cena, em certo sentido – não é só ler todas as entrevistas obscuras que deu e analisar todo o seu trabalho, mas também imergindo-me na arte que ele amava. Eu estou a estudar os seus filmes favoritos, observando as suas óperas preferidas, ouvindo a sua música favorita, tudo na tentativa de encontrar nelas a inspiração que ele poderia encontrar.(…) Não é como ter o George ao meu lado, mas é o que eu tenho“.
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Como todo o trabalho com zombies de Romero, o livro irá misturar horror com comentário social. No enredo existe  um submarino nuclear e temporalmente a obra está espalhada por três períodos separados. Espera-se que o trabalho esteja concluido no outono de 2019.

Atualmente, o editor está segmentando uma versão do outono de 2019.

Recorde-se que George A. Romero, conhecido pelo universo do terror como o “mestre dos mortos-vivos”,  faleceu em julho do ano passado. The Night of Living Dead (A Noite dos Mortos-Vivos, 1968) foi a sua primeira longa-metragem e possivelmente o seu filme mais marcante, onde, sob a inspiração da literatura de Richard Matheson, unia zombies com questões político-sociais.

Ao contrário do senso comum, George A. Romero não trabalhou exclusivamente com estas criaturas algures entre a vida e a morte, conta-se comédias dramáticas (There’s Always Vanilla, 1971), dramas fantásticos (Hungry Wives, 1972), vampirismo psicológico (Martin, 1978), ação punk-medieval (Knightriders, 1981) e outras incursões no género de terror (Creepshow em 1982, Monkey Shines em 1988, Bruiser em 2000).

Obviamente, foram os mortos-vivos que o tornaram célebre e de certa forma provedor desse mesmo subgénero. Depois de Night’, expandiu esse apocalipse com Dawn of the Dead (Zombie – A Maldição dos Mortos-Vivos, 1978), que funcionou como uma mórbida critica ao consumismo e capitalismo, Day of the Dead (Dia dos Mortos, 1985), uma afronta às classes sociais estabelecidas e passando alguns anos, apostando noutra trilogia “de morte” com Land of the Dead (Terra dos Mortos, 2005), onde devolveu a astúcia ao subgénero, Diary of the Dead (Diário dos Mortos, 2007), um found footage sobre a queda do mundo moderno e Survivor of the Dead (A Ilha dos Mortos, 2009), um regresso ao signo da série Z.

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