- C7nema.net - https://c7nema.net -

No meio de discursos feministas, Penélope Cruz e Donatella Versace mostram que uma série não as afastou

A família Versace, ainda antes da série Versace: American Crime Story ter sido exibida, já tinha manifestado a sua oposição ao projeto, mas a mais incisiva nas críticas foi Donatella, irmã do falecido estilista.

A agora diretora artística e vice-presidente da casa Versace, disse em entrevista publicada pelo jornal italiano La Repubblica, no início deste ano, que a série e o livro em que ela se baseia contém demasiadas “fofocas e contradições“, sendo para ela bastante penoso ver “a vida de Gianni retratada de uma forma tão retorcida“.

Mas se Donatella tem sérios problemas com a série, o mesmo já não se passa em relação a Penélope Cruz, a atriz que veste o seu papel no pequeno ecrã. Presente nos Goya ontem, Penélope Cruz mostrou o seu bom relacionamento com a italiana, apresentando mesmo um vestido branco com a assinatura da casa de Milão.

Cruz, nomeada como melhor atriz pelo seu papel em Loving Pablo, de Fernando Leona de Aranoa, usou um  modelo branco da marca italiana, destacando-se contra o negro escolhido hoje por muitas das atrizes e cineastas em homenagem ao movimento Time’s Up.

A intérprete foi também uma das primeiras a usar e apresentar o leque vermelho com o lema #MÁS MUJERES, que apela à presença de mais mulheres na indústria do cinema espanhol. Cruz e as realizadoras Isabel Coixet e Carla Simón foram mesmo as que mais aproveitaram a cerimónia para pedirem equidade entre homens e mulheres.

Coixet (na imagem abaixo), que subiu ao palco três vezes por causa do seu La Librería (melhor filme, melhor realização e melhor argumento adaptado), começou por dizer que falta muito para a igualdade entre homens e mulheres, mas que se pode começar pelos salário.

Já Simón, vencedora da categoria de melhor realização em estreia por Verano 1993, disse que é preciso fazer mais do que apenas falar sobre o assunto e que naturalmente uma cerimónia como os Goya teria de ser utilizada para reivendicar mais mulheres na indústria do cinema.