Sexta-feira, 26 Abril

Marion Cotillard não se revê no texto subscrito por Catherine Deneuve sobre o assédio sexual

A atriz Marion Cotillard não se revê no texto publicado e assinado por 100 francesas, incluindo Catherine Deneuve, que criticavam um novo “puritanismo” que nasceu com o movimento #MeToo.

Numa entrevista em Paris, a atriz diz que “Esta revolução que está a acontecer é necessária e que é uma grande revolução”. “Eu já falei sobre isso sem dar detalhes de que fui assediada muitas vezes. Disse sempre isso quando estava num grupo de mulheres e quando falamos sobre o assunto. Na maioria das vezes, 100% das mulheres estiveram nesse tipo de situação”.

Sobre o facto de alguns inocentes poderem ser acusados nesta época, Cotillard diz que “vivemos numa sociedade excessiva e que algumas pessoas precisam se afirmar, mentir e acusar individuos que não fizeram nada (…) Mas que a maioria das mulheres que falaram, o que lhes aconteceu foi real.” “A abertura de uma discussão sobre isso e falar sobre esses excessos – as mentiras – também é importante.”, acrescentando que deve-se “apoiar essa liberdade de expressão … e a da Catherine Deneuve também

Instada a comentar o caso de Woody Allen, com quem trabalhou em Midnight In Paris (Meia Noite em Paris), a francesa refere que pensaria duas vezes em trabalhar novamente com ele, embora ache que não voltará a ser convidada para isso: Quando trabalhei com ele, tenho que confessar que não me questionei “, disse ela. “Eu não sabia muito sobre a sua vida pessoal. Sabia que ele casou-se com uma das suas (filhas adotivas), o que honestamente pensei que era estranho, mas não podia julgar algo que eu não conheço. Eu sou muito ignorante do que ele fez ou não fez. (…) A experiência que tivemos juntos foi muito estranha. Admiro alguns dos seus trabalhos, mas não tivemos nenhuma ligação nas filmagens, eu conheci-o cinco dias antes do início dos trabalhos..

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