Terça-feira, 19 Março

Morreu o cantor e ator Johnny Hallyday

Johnny Hallyday, o grande nome da música e do cinema francês, faleceu durante a noite de terça para quarta-feira, 6 de dezembro, anunciou a sua esposa Laeticia Hallyday. A estrela tinha anunciado em março de 2017 sofrer de cancro. No final de julho, ele foi internado no hospital em Paris para se submeter a vários exames para planear a quimioterapia antes de partir de férias para Saint-Barth. Os rumores sobre a deterioração do seu estado de saúde aumentaram.

De origem belga, Hallyday nasceu em Bruxelas como Jean-Philippe Smet e tornou-se famoso na década de 1960 por cantar Rock ‘n’ Roll em francês. O seu single de estreia, “Laisse les filles“, foi lançado pela Vogue em março de 1960, bem como o seu primeiro álbum, Hello Johnny. O Cinema sempre foi uma paixão e ele próprio sempre o confessou: “O cinema, sou eu desde que era criança (…) Fui criado por pessoas que faziam música e levado para todo o lado desde os dois anos de idade (…) Para mim, a única maneira de escapar, de sonhar, era ir ao cinema “.

A sua primeira aparição na 7ª arte deu-se em 1955, como figurante em As Diabólicas, de Henri-Georges Clouzot. Depois disso, foi protagonista de Donde vens tu, Johnny? (1963) e marcou presença ainda nesta década em obras como À procura de um ídolo (1964)Os Hippies e os Gangsters (1968) e Gli specialisti (1969), de Sergio Corbucci.

Na década de 70 participou em obras como Ponto de Encontro (1970), Aventura é Aventura (1972) e O Belo Animal (1977), enquanto nos anos 80 destacou-se em Mafia em Paris (1985) de Jean-Luc Godard. Ainda nesta década ficou na memória a sua participação em Terminus (1987), um verdadeiro desastre que tentava alguma colagem a Mad Max e Rollerball [é um dos filmes menos cotados na IMDB, com 2,8].

Foi a partir de 2002 que ganhou um novo fôlego no grande ecrã, primeiro com O Homem do Comboio (2002), de Patrice Leconte, e no final da década protagonizando Vingança (2009) do cineasta de Hong Kong Johnnie To. Recentemente pôde ser visto nas nossas salas [na Festa do Cinema Francês] num pequeno papel em Rock’n Roll (2016) de Guillaume Canet. 

Chacun sa vie (2017) de Claude Lelouch foi o seu último trabalho no Cinema a estrear nas salas francesas. 

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