Numa entrevista à rádio Europe 1, o ator Jean-Louis Trintignant mostrou o seu fascínio por três personalidades ligadas ao cinema: o já falecido ator Gérard Philipe, que o levava na sua juventude ao teatro, o também ator Gérard Depardieu, e o próprio Haneke, com quem volta a colaborar.
Sobre Depardieu, Trintignant disse: «É o maior ator do mundo. Existe Depardieu e não existe mais ninguém. Todas as vezes que o vejo num filme, ele me impressiona muito. Em tudo o que faz, eu o considero magnífico. (…) ele nunca estragou um papel, mesmo quando ele interpreta um ministro de [Philippe] Pétain em Boa Viagem (2003) de [Jean-Paul] Rappeneau, é ótimo».
Sobre Haneke, o ator de filmes como E Deus Criou a Mulher (1956) e Um Homem e Uma Mulher (1966) afirmou que nunca conheceu um homem «que tenha tanta sensibilidade e inteligência» como ele e que está disposto «a desempenhar qualquer papel num projeto que [Haneke] proponha.»
Vale a pena lembrar que Trintignant trabalhou com Haneke em Amor (2012). Há um mês atrás, numa outra entrevista, o ator afirmou que apesar de ter sido muito agraciado pelo seu desempenho, não achou o seu trabalho «nada de especial», preferindo claramente a sua presença neste Happy End [ler crítica [1]].