Morreu nesta segunda-feira (28 /08), a atriz Mireille Darc, um dos ícones dos cinema francês dos anos 60, com carreira plena na década de 70. Tinha 79 anos.
Mireille Aigroz (nome de batismo) iniciou a sua carreira em 1960, ano que é lançado um telefilme (Du côté de l’enfer), uma curta-metragem (La Revenante) e o seu grande passo, Les Distractions, de Jacques Dupont, um filme protagonizado pelo na altura ascendente Jean-Paul Belmondo. Depressa, Mireille Darc (adotou esse nome artístico em homenagem à sua heroína Joana D’Arc) tornou-se hiperativa, tendo vingando sobretudo no género da comédia francesa, onde se destaca a sua colaboração com o realizador Roger Vadim (La Bride sur le Cou – Uma Mulher sem Freio, ao lado da mega-estrela Brigitte Bardot) e nos muitos trabalhos ao lado do cómico Louis de Funès (Le diable et les 10 commandements, Pouic-Pouic).
Mireille Darc e Jean Gabin em Monsieur (1964)
Contudo, tornou-se numa presença habitual na filmografia de Georges Lautner, tendo trabalhando com o realizador mais de 13 vezes, e ainda foi a protagonista de Week End, do proeminente Jean-Luc Godard. Foi companheira por mais de 15 anos de Alain Delon. A sua carreira sofreu uma interrupção nos anos 80 (em 1989 dirigiu uma longa-metragem, Le Barbare, sem êxito), tendo regressando com diversos papéis televisivos na década seguinte até ao fim dos seus dias.
Foi distinguida em 2006 com a Legião de Honra. A atriz tornou-se a ‘madrinha’ da associação La Chaîne de l’Espoir, tendo dedicado nos seus últimos anos a ações de caridade.
