Sexta-feira, 26 Abril

Morreu Tobe Hooper, a mente por detrás de «O Massacre no Texas»

Tobe Hooper, o lendário realizador de O Massacre do Texas, morreu. Tinha 74 anos e a causa da morte ainda não foi confirmada.

Nascido em Austin, Texas, em 1943, no dia 25 de janeiro, Hooper começou a sua carreira no cinema como documentarista. Eggshell (1963), uma viagem psicadélica e hippie é a sua primeira longa-metragem. Contudo, o realizador iria entrar na História do cinema com Texas Chainsaw Massacre (O Massacre no Texas, 1974), um conto gore inspirado no serial killer Ed Gein que chocou tudo e todos, mas mesmo assim contou com uma brilhante apresentação no Festival de Cannes. De baixo orçamento, efeitos quase caseiros e uma equipa muito reduzida, trabalhando em condições adversas, o filme elevou-o ao estatuto de promessa, não apenas do género, mas do cinema cada vez mais libertino que despertava na década de 70.

Tobe Hooper iria mais tarde regressar ao tema com Eaten Alive (1976), obra em plena fase de revisionismo, e a sequela de Texas Chainsaw Massacre em 1986, hoje tido como um dos apogeus do comedy horror dos anos 80. Mas antes de regressar ao Texas sangrento e depois de outras variações com algum sucesso (a versão televisiva de Salem’s Lot em 1979, e Fun House em 1981), havia trabalhado com Steven Spielberg no muito atribulado Poltergeist (1982), que apesar de tudo consistiu num grande êxito de bilheteira.

O realizador passou por uma “fase de outro mundo”, mais precisamente em 1985 e 1986, com Lifeforce e Invaders from Mars respetivamente, duas peculiares versões de invasões alienígenas, e após apostar na televisão no final da década de 80, tenta regressar ao território do terror com o Spontaneous Combustion (1990), Night Terrors (1993) e The Mangler (1995), e mais tarde, Toolbox Murders (2004), Mortuary (2005) e Djinn (2013), mas sem sucesso. O terror havia transformado e Tobe Hooper não tinha lugar no seu antigo “lar”. Apesar dos seus esforços em reafirmar-se no género, seria para sempre recordado de forma saudosista como o “criador de Massacre no Texas”, reputação que o perseguiria até ao fim dos seus dias.   

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