Na sessão mais divertida da Berlinale, o estilo fanfarrão de Moore levou os jornalistas às gargalhadas enquanto fazia a sua cruzada pela Europa (com a Tunísia incluída, não se sabe bem porquê) em busca de ideias para roubar e aplicar no seu país. No caso luso, em causa está a descriminalização dos utilizadores de drogas no país, considerado pelo realizador um exemplo a seguir.
A PSP e a Constituição portuguesa são os maiores beneficiários das suas conclusões: em Portugal não se prende ninguém por uso de drogas e os presos podem votar, algo que, curiosamente, não podem fazer nos Estados Unidos. As práticas lusitanas levam o realizador a concluir que a prisão de consumidores de drogas no seu país têm o objetivo de criminalizar os negros e aliená-los politicamente.
Os alemães, por seu lado, contrariaram a piada de Moore e riram às lágrimas quando o filme apresenta o seu país com a indicação: “Fun Facts: nenhum para registo“. De resto, Moore faz o que sabe melhor – causar impacto à custa de uma edição rápida, comentários corrosivos e através do seu próprio carisma.
O filme, Where to Invade Next, estreia na Berlinale na mesma altura que o cineasta comemora no Twitter o facto da obra ser, nos Estados Unidos, a mais vista do final de semana passado entre os projetos alternativos. A NOS vai lançar o filme em Portugal, mas ainda não há data de lançamento.
