Bridge of Spies (A Ponte de Espiões) foi ontem recebido com entusiasmo no Festival de Cinema de Nova Iorque, evento que decorre de 25 de setembro a 11 de outubro. O mais recente filme de Steven Spielberg recebeu uma grande ovação durante o certame, manfestando-se a crítica especializada contente com a produção, mesmo que grande parte das críticas indiquem uma acentuada presença do lado ficcional acima dos factos verídicos.
Neste thriller dramático seguimos a história de James Donovan (interpretado por Tom Hanks), um advogado de Brooklyn que encontra-se encurralado no centro da Guerra Fria, quando a CIA envia-o numa tarefa quase impossível de negociar a libertação de um piloto Americano.
Spielberg já havia declarado durante a conferência de imprensa que antecedeu a estreia mundial, que pouco conhece sobre a verdadeira história por trás do filme, e que tal tarefa ficou entregue aos irmãos Coen, a quem o realizador não poupa elogios. Foram estes que o abordaram e propuseram a realização do projeto. Spielberg aceitou sem hesitações, visto que Bridge of Spies pertence a um género que o atrai.
Ainda de acordo com o realizador, o ator Gregory Peck queria levar a história ao grande ecrã, sob o cunho da MGM, em 1965, uma tarefa que não foi possível devido à pressão politica que se vivia na época; a crise dos Mísseis de Cuba instalou um ambiente de tensão entre os EUA e a União Soviética. Contudo, Spielberg salientou que não contava com timing perfeito para a estreia desta sua mais recente obra: “Fazes um filme que torna-se relevante para o nosso tempo, porque a Guerra Fria parece querer voltar. Não estou a querer dizer que isso vá acontecer com a administração de Putin e de Obama, mas existe uma certa frieza no ar… a História parece querer-se repetir.”
Contando ainda com as presenças de Amy Ryan, Alan Alda, Sebastian Koch e Mark Rylance no elenco, Ponte de Espiões chegará a Portugal no dia 21 de outubro.
