O filme Muhammad: The Messanger of God do realizador iraniano Majid Majidi (Children of Heaven, nomeado para o óscar de melhor filme estrangeiro em 1997) está a ser alvo de polémica. O retrato hagiográfico do profeta enquanto criança, apesar de ser a produção cinematográfica iraniana mais cara de sempre (orçamento de 40 milhões de dólares) e de não mostrar o ator que interpreta, já foi criticado pela Universidade de Al-Azhar, a qual apelou para a censura do filme.
Para contornar as regras impostas pelas autoridades iranianas, as quais proíbem representações diretas de figuras religiosas, Majidi escolheu filmar a sombra do ator, as suas costas ou o seu ponto de vista, através de uma câmara especial desenvolvida por Vittorio Storaro, premiado por filmes como Apocalypse Now de Francis Ford Coppola e colaborador habitual de Bernardo Bertolucci.
O filme não é a primeira representação do profeta, tendo sido realizado The Message, de Moustapha Akkad, em 1976, que utilizava técnicas semelhantes ao filme de Majidi; o filme animado Muhammad: The Last Prophet e a polémica curta-metragem lançada no Youtube, Innocence of Muslims.
A fotografia é do próprio Storaro e a banda sonora é da autoria de A.R. Rahman, oscarizado por Quem Quer Ser Bilionário, de Danny Boyle. O filme contará com duas sequelas.
