Morreu aos 88 anos o cineasta espanhol Vicente Aranda. A morte foi anunciada pela Academia de Cinema de Espanha.
Nascido a 9 de novembro de 1926 em Barcelona, Aranda iniciou a carreira nos anos 1960, irrompendo nas salas espanholas com um estilo próximo da chamada Escola de Barcelona e que surgiu como uma resposta ao cinema de autor da nova vaga francesa. A violência, a crueldade e o erotismo foram marcas de filmes como As Cruéis, A ensaguentada Noiva de Drácula, Cambio de sexo, Fanny Pelopaja, La muchacha de las bragas de oro e El Lute, camina o revienta.
Participou na corrida à Palma de Ouro em Cannes com com El Lute II: mañana seré libre (1988), e com Amantes (1991) viria mesmo a ganhar o Goya de Melhor Realizador e Melhor Filme. Victoria Abril, que trabalhou com o cineasta em uma dúzia de filmes, conquistaria também – por este filme – o prémio de melhor atriz em Berlim.
Joana – A Louca (2001), cujas filmagens passaram por Portugal, e Carmen (2003) foram outros títulos da sua sua filmografia, a qual foi encerrada em 2009 com Luna Caliente, uma adaptação do romance de argentino Mempo Giardinelli sobre o Processo de Burgos-um julgamento sumário contra vários membros da organização separatista basca ETA na era de Franco.
