Sexta-feira, 29 Março

Matthew McConaughey participa em filme sobre fraude no mundo do vinho

Matthew McConaughey parece estar destinado a participar em filmes que envolvem fraudes e depois de ter sido anunciada a sua participação num projeto sobre o famoso escândalo do Ouro no Bornéu [ler artigo], o ator foi confirmado em The Billionaire’s Vinegar, um projeto da Sony que conta com o argumento de Michael Brandt e Derek Haas (O Comboio das 3 e 10).

Baseado no livro The Billionaire’s Vinegar: The Mystery Of The World’s Most Expensive Bottle Of Wine, de Benjamin Wallace, o filme vai acompanhar o famoso caso que começou a 5 de dezembro de 1985, quando a prestigiada casa de leilões londrina Christie’s vendeu a Malcom Forbes uma garrafa de Château Lafite 1787 por 156 mil dólares. Forbes deixou-se seduzir pela antiguidade da garrafa e por acreditar que esta tinha pertencido ao terceiro presidente norte-americano, Thomas Jefferson [a garrafa estava gravada com as iniciais “Th. J“], o qual foi embaixador em França entre 1784 e 1789, e um dos maiores conhecedores de vinhos do seu tempo. 

Por trás deste negócio estava Hardy Rodenstock, um alemão – conhecido no mundo do vinho por promover degustações milionárias – que alegadamente tinha descoberto as garrafas em Paris. Apesar de diversas suspeitas ao longo dos anos, algumas das quais lançadas pela pesquisadora Cinder Goowin, Rodenstock vendeu várias garrafas a diversos milionários, estando entre eles Bill Koch, o qual chegou a pagar mais de meio milhão de dólares por quatro garrafas Lafite 1787 e  Lafite 1784. Quando a Fundação Thomas Jefferson não reconheceu as garrafas, Koch decidiu investigar, recorrendo a detetives privados, alguns ligados ao FBI, gastando quase o dobro do dinheiro pago a Rodenstock. As suas suspeitas foram confirmadas. Foi tudo uma fraude.


Koch com uma das garrafas adquiridas

Todd Black, James Lassiter, Jason Blumenthal, Steve Tisch e Will Smith serão os produtores desta obra cinematográfica descrita por muitos como muito mais do que um mero caso de fraude vínícula, pois para além de envolver inúmeros produtores de Bordéus, somava ainda no esquema diversos milionários, laboratórios, institutos estatais, famosas leiloeiras e até enólogos conceituados, como Michael Broadbent, que tentou impedir que o livro de Benjamin Wallace fosse publicado.

 

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