O projeto cinematográfico Notre Folie (Our Madness) do português João Viana foi selecionado para o Atelier Cinéfondation (13 a 24 de maio), um dos grandes trunfos que o Festival de Cannes criou em 2005 e que fornece ajuda a realizadores à procura de financiamento, promovendo encontros com eventuais co-produtores, distribuidores, vendedores estrangeiros e fundos de auxílio.
O filme, que já tinha passado pelo fórum de co-produção do Festival Les Arcs, desenrola-se em Moçambique, será falado em Macua e «conta a história de um Pastor que ajuda Maia, uma mulher muçulmana a encontrar o seu marido guerrilheiro. Porém, quando o encontram, Maia e o Pastor já se apaixonaram».
Na sua declaração de intenções apresentada no catálogo do Les Arcs, o realizador de A Batalha de Tabatô diz que se propõe a fazer «um filme fundador que incite os jovens a filmar o seu próprio país, para contarem as suas próprias histórias e para mostrar a realidade através do prisma do realismo mágico do cinema africano».
Vale a pena lembrar que o cineasta mauritano Abderrahmane Sissako (Timbuktu) será o presidente do júri da Cinéfondation.
No que toca a outros projetos selecionados para o Atelier, foram também escolhidos:
Twin Flower – Laura Luchetti (Itália)
Compte tes blessures – Morgan Simon (França)
Borders – Ionut Piturescu (Roménia)
Out – György Kristóf (Hungria/Eslováquia)
Lands of Loneliness – Meritxell Colell (Espanha)
The Mother – Alberto Morais (Espanha)
Pari – Siamak Etemadi e Hilal (Grécia/Irão)
Feza, and other Planets – Kutluğ Ataman (Turquia)
Butterfly Diaries – Paula Un Mi Kim (Brasil)
The Road to Mandalay – Midi Z (Birmânia)
Popeye – Kirsten Tan(Singapura)
Soundless Dance – Pradeepan Raveendran (Sri Lanka)
The Tree – Louw Venter (África do Sul)
The Contestant – Carlos Osuna (Colômbia).
