Quinta-feira, 25 Abril

Clio Barnard adapta ao cinema «Transgressão» de Rose Tremain

Depois de The Arbor e The Selfish Giant, a britânica Clio Barnard vai adaptar ao cinema Trespass, um livro assinado por Rose Tremain e que foi editado em Portugal com o nome Transgressão pela Porto Editora.

Na obra, e segunda a descrição da editora, estamos num vale belo e pacífico, no qual desponta uma antiga casa de pedra, conhecida como Mas Lunel. O seu proprietário é Aramon Lunel, um alcoólico de tal forma assombrado pelo seu passado violento que é incapaz de qualquer existência relevante, negligenciando os cães de caça e a propriedade da família. Numa casinha à vista de Mas Lunel mora a sua irmã, Audrun, que sonha com a vingança de todas as tragédias que lhe destruíram a vida. Este mundo fechado de Cévenol é visitado por Anthony Verey, um negociante de antiguidades exilado, oriundo de Londres. Nos seus sessenta, Anthony espera poder reconstruir a sua vida em França e começa a visitar propriedades na região. A sua descoberta de Mas Lunel dá início a uma sequência inexorável e assustadora de acontecimentos.

Em declarações ao Screen Daily, a cineasta afirmou que está ainda a escrever o segundo esboço do guião, mas que no último ano tem estudado muito as personagens do livro e se reunido como inúmeros psicólogos, psiquiatras e neurocientistas que investigam memória, percepção, alucinações e o impacto do trauma: «Estava particularmente interessada em como trauma afeta a memória, que é o que acontece em Transgressão». A realizadora prosseguiu nas suas ideias e definiu como prioridade «descrever a memória no filme de uma forma que reflita todas a conversas que tive com os cientistas (…) Uma das coisas que tem sido fascinante nessas conversas é que os cientistas usam o termo ‘flashbacks’, o qual vem dos filmes, ou seja, a arte informa a ciência e a ciência informa a arte“.

Transgressão deverá ser filmado em 2015.

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