Há uns meses atrás, mais propriamente em novembro, Paul Schrader surpreendeu os seus fãs e deixou os executivos da A24 (distribuidora responsável pela campanha do filme a prémios) nervosos após fazer uma publicação onde dizia ter lido um guião que tinha um papel ideal para Kevin Spacey (acusado de vários crimes de assédio sexual), mas graças ao movimento #MeToo, tornou-se impossível fazer um filme com o ator.
A publicação acabaria por ser apagada e só ontem Schrader voltou a a tocar no assunto, mais uma vez com um “post” controverso. Escreve o argumentista e realizador de First Reformed- No Coração da Escuridão que finalmente saiu da “prisão do Facebook” e que a A24 lhe solicitou que saísse da rede social até a temporada de prémios terminar.
“[Esta temporada] Acabou e eu estou fora da cadeia do FB. O que aconteceu enquanto eu estive ausente? (1) vi Phosphorescent e tive uma conversa com Matthew Houck (2) passei a véspera de Natal com a Glenn Close e minha família em trajes de Natal (3) Jeff Berg, o meu agente e amigo de 45 anos, fez-me uma receção na sua casa em Pacific Palisades para uma platéia dos anos 70 (4) Dan Smith, da marca de moda italiana Isaia, deu-me um smoking fabuloso – obrigado! (5) encontrei-me com Spike Lee, Alfonso Cuarón, Pawel Pawlikowski, Bo Burnham e Barry Jenkins tantas vezes em tantas cerimónias e eventos que nunca mais preciso de vê-los novamente (7) percebi que realmente não sentia muita falta do FB (8) envolvi-me num processo que fez com que me importasse com prémios que nem respeitava (8) e aprendi novamente a nunca subestimar o poder da mediocridade. “, escreveu.
