Quarta-feira, 24 Abril

Oscars®: o afrofuturismo de “Black Panther” triunfa no guarda-roupa

Com uma carreira na construção de figurinos para cinema desde o final dos anos 80′, Ruth E. Carter arrecadou o Oscar de Melhor Guarda-Roupa pelo seu trabalho em Black Panther.

Sem dúvida um dos pontos fortes do filme, Carter geriu a construção da roupa em consonância com todos os elementos da direção artística, procurando definir a moda afrofuturista do “El Dorado” africano, recorrendo a influências Masai, Suri, Himba, Turcana e Tuareg (nas tonalidades, adereços, bordados, formas/geometria das pinturas) para incutir – quando o deve fazer – um olhar urbano com uma veia punk afastada da afirmação política ou descuido. Em entrevista, Carter confessou influências das linhas de Issey Miyake, o pensamento avant garde de Stella McCartney, e as formas de Gareth Pugh.

Em paralelo, surge também uma visão mais clássica nas figuras reais (veja-se Forest Whitaker, ou Angela Basset, cuja coroa tem influências zulus), distante do look progressista que as personagens mais jovens tendem em apresentar – um reflexo também do progresso do pensamento dos que pretendem uma ligação de Wakanda com o mundo.

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