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Christopher Nolan fala dos filmes e colegas concorrentes ao Oscar de melhor realizador

Numa entrevista bastante curiosa ao Collider [1], o britânico Christopher Nolan falou de Dunkirk, da sua abordagem narrativa, o facto de pela primeira vez filmar algo baseado em eventos reais, e de ter consultado Steven Spielberg antes das filmagens do seu épico bélico. Para além disso, o cineasta deu ainda a sua opinião sobre os filmes e os realizadores que estão com eles nomeados aos Oscars na categoria de melhor realizador.

Sobre estes, Nolan mostrou-se bastante impressionado, contando ainda – em jeito de humor – que desde que tomou com  a estranha decisão de levar os seus filhos a verem Linha Fantasma, estes chamam-no de Sr. Woodcock  [referência à personagem interpretada por Daniel Day-Lewis] sempre que ele mostra alguma autoridade: “A minha esposa e eu tomamos a estranha decisão de levar os nossos filhos a ir ver [o filme] e, desde então, sempre que faço algo vagamente que eles apelidam de ditatorial, dizem “Oh, Sr. Woodcock, você é um espião? Saque a sua arma. Você tem uma arma?’. Tenho ouvido isso há semanas. E sempre que a Emma cozinha cogumelos agora, há um histerismo enorme

Quanto ao filme em si, Nolan diz que já o viu um par de vezes e que assistir a ele em 70mm foi “um prazer“. Já sobre Get Out, o realizador admite que quando o foi ver não sabia nada sobre o filme, para além de ter ouvido que era “ótimo”: “Com que frequência você tem a experiência de ver algo que não tem ideia para onde vai, e então descobre que vai para um lugar muito mais interessante do que alguma vez imaginou“, afirmou.

Sobre Lady Bird, o realizador diz que o filme o levou para um lugar familiar em “todos os bons sentidos“: “Senti-me muito confortável. Senti como uma parte da vida que eu conhecia e tinha experenciado. Senti como uma memória. (…) É tão completo, na narrativa (…) é tão preciso“.

Finalmente, e sobre A Forma da Àgua, Nolan diz que já conhece Guillermo Del Toro há muito tempo e sentiu que este era um dos filmes que vinham diretamente do coração do autor mexicano: “Quando vi o The Shape of Water,  sabia que este era um daqueles [filmes] que vieram diretamente do coração e da sua experiência pessoal de maneiras que não tenho ideia do que são, mas que sei serem totalmente sinceras (…) Achei isso muito, muito emocionante.