Sábado, 20 Abril

«The Loved Ones» por José Pedro Lopes

 

Brent é um jovem de 17 anos que vive em sofrimento pela recente morte do seu pai, num acidente de carro causado por um misterioso jovem que caminhava na estrada cheios de feridas e cortes. A tímida Lola convida Brent para o baile de finalistas mas é rejeitada a favor de Holly, o que a deixa desejosa de vingança.

Não há motivo para continuar a contar a história deste ‘The Loved Ones’ porque isso se trataria de um total sacrilégio. Esta obra-prima do terror australiano é dos filmes originais e surpreendentes que o cinema de sustos gerou nos últimos anos, e o que o leitor deve fazer é pura e simplesmente ir ver este filme sem saber nada de nada.

É mesmo raro encontrar uma peça como ‘The Loved Ones’. O filme é tenso e imaginativo, cheio de surpresas e tem uma premissa verdadeiramente original. E mais – faz-nos torcer na cadeira sem nunca recorrer a exposição “gore” gratuita ou a truques baixos. É um filme bastante clássico nos seus truques visuais, mas absolutamente vanguardista em termos de conceitos e imaginação.

Para continuar a ser vago, vou apenas destacar os atores que estão todos soberbos. Mas há que destacar Robin McLeavy como Lola que está arrasadora, é uma das performances de 2009. A actriz australiana apareceu em algumas produções televisivas e curtas-metragens, mas está destinada a algo grande e para o grande público. Porque a personagem que cria em Lola tem tudo – é aterrorizante e carismática, nas medidas certas.

Sean Byrne vem assim na linha de grandes novos autores do fantástico australiano, que tem gerado filmes com curiosos como ‘Wolf Creek’ e ‘Primal’ (este último, também esteve presente no Motelx).

O melhor: Robin McLeavy arrasa como Lola e Sean Byrne mantém o terror fresco e original.

O pior: Algumas das personagens secundárias ficam com histórias por resolver.

 

José Pedro Lopes

Notícias