Sexta-feira, 26 Abril

Governo sul-coreano admite existência de uma lista negra com 9 mil artistas

A ministra da Cultura da Coreia do Sul, Cho Yoon-sun, admitiu finalmente a existência de uma lista negra criada pelo governo com mais de 9 mil nomes ligados às artes. Cho fez o pedido de desculpas durante uma avaliação parlamentar ligada ao escândalo político que levou ao impeachment da presidente sul-coreana, Park Geun-hye, no mês passado.

«Como a ministra encarregada das políticas culturais, sinceramente peço desculpas por ter provocado tanta dor (…) Tanto quanto sei, existe uma lista negra criada para classificar artistas específicos e excluí-los de receberem fundos de apoio do governo», afirmou, acrescentando que não tem consciência de quando esse documento foi criado ou distribuído. Cho disse ainda que nunca viu a lista e que não tem mais nada a dizer sobre o assunto.

No passado domingo (8 de janeiro), uma equipa de conselheiros independentes confirmou que a lista que contém os nomes de cerca de 9.000 artistas existe realmente e que Cho e Kim Ki-choon, ex-chefe de gabinete da presidente sul-coreana, estavam envolvidos na sua criação.

Recorde-se que os primeiros relatos da existência desta lista surgiram em outubro de 2016 [leiam o nosso artigo sobre o assunto]. Entre os nomes que fazem parte desse documento estão os realizadores Park Chan-wook (The Handmaiden) e Bong Joon-ho (Snowpiercer), e atores como Song Kang-ho (Snowpiercer).

Notícias