Gwyneth Paltrow disse em entrevista ‘à Variety que a discrepância dos ordenados entre mulheres e homens na industria do cinema é «dolorosa»: «O teu salário é uma forma de quantificar o que vales. Se os homens são pagos muito mais e fazem a mesma coisa, isso faz-te sentir mal».
O melhor exemplo que ilustra esta queixa é Jennifer Lawrence, que apesar de ser a atriz mais bem paga do mundo, ganhou bem menos que o seu homónimo do sexo masculino, Robert Downey Jr..
Sobre o seu colega da franquia Homem de Ferro, Paltrow acrescentou ainda que: «Ninguém vale o dinheiro» que ele vale, mas se ela dissesse a disparidade entre esse valor e o que ela recebe, provavelmente ficaríamos todos muito surpreendidos.
Vale a pena lembrar que Paltrow é apenas mais uma das vozes do cinema americano a focar-se neste tema. Recentemente, Gilliam Anderson afirmou que ,apesar de ter um papel tão importante em X-Files como o seu colega a David Duchovny, sempre recebeu menos que ele. E convém recordar o discurso de Patricia Arquette nos Óscares, de Isabel Coixet em Berlim, de Cate Blanchett em Cannes, ou de Amber Heard e Meryl Streep mais recentemente, todas no mesmo sentido: que é fundamental haver uma aproximação nos valores que homens e mulheres recebem no cinema, bem como produzir e realizar os filmes com uma visão mais feminina.
