Sexta-feira, 3 Maio

Críticas do Indie Lisboa: ‘Shinboru’ (Symbol) por João Miranda

Um lutador de wrestling mexicano prepara-se para uma luta enquanto um homem acorda preso numa sala branca vazia. Assim começa um filme que mistura o cómico com o místico, numa linguagem visual popular. Com o aparecimento de um elemento fálico na parede do quarto branco, o homem que o explora vai enchendo-o de vários elementos, a maioria típica da cultura nipónica, e vai aprendendo a lidar com a realidade que o rodeia.

Este é um filme que nos faz pensar, sempre a rir, nas representações e na forma como construímos a nossa realidade. Com apenas hora e meia, este é o filme surpresa deste festival, um exemplo do que pode ser o bom cinema alternativo ou independente, fugindo ao pretensiosismo que caracteriza a maior parte deste cinema que é feito no Ocidente. Não pretendo aqui expor as várias leituras que fiz do filme, convido antes as pessoas a verem-no e a fazerem as leituras que mais lhes fizerem sentido.

A Base: Um filme que mistura o cómico com o místico, numa linguagem visual popular…8/10
O Melhor: A surpresa e a utilização de uma linguagem popular na exploração de temas místicos.
O Pior: A história do lutador espanhol, tendo em conta o desenvolvimento do filme, talvez seja excessivamente longa.

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