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Unifrance prepara a sua festa

Tem novo filme de François Ozon a caminho, já selecionado para concorrer na Berlinale, com foco em casos de pedofilia da Igreja, chamado Grâce à Dieu, cujo apelo, ético e comercial, mobiliza os distribuidores internacionais que prometem fazer da 21ª edição do Rendez-vous Avec Le Cinéma Français, agendado de 17 a 21 de janeiro, um divisor de águas no evento anual da Unifrance de promoção cinéfila.

Há uma seleção de realizadores de fazer inveja a alguns dos mais prestigiados festivais do mundo no cardápio de 100 artistas francófonos convidados para falar sobre as novas tendências audiovisuais do Velho Mundo.  Vai ter projeção de gala da comédia Qu’est-ce qu’on a encore fait au bon Dieu?, de Philippe de Chauveron, continuação do fenómeno popular Qu’est-ce qu’on a fait au Bon Dieu? (Que mal eu fiz a Deus?, 2014), e prémio para a dupla Olivier Nakache e Éric Toledano, de Intouchables (Amigos Improváveis, 2011), um ímã de pagantes, com 20 milhões de bilhetes vendidos. Entre os convidados já acertados estão Claire Denis, apresentando a sci-fi freudiana High Life [1]; o animador Michel Ocelot, com Dilili à Paris; o tunisino Abdellatif Kechiche, a fazer uma crónica da juventude do Mediterrâneo dos anos 1990 com o drama Mektoub, my love – Canto Uno; e Vincent Cassel, a brincar de anti-herói como o fora da lei Vidocq, em L’Empereur de Paris, que somou 500 mil espectadores em duas semanas.

Entra no pacote uma das surpresas de Veneza: Amanda, de Mikhaël Hers. Apoiado no talento do ator Vincent Lacoste, Hers faz um libelo sobre a reinvenção afetiva a partir do drama de um parisiense que se vê obrigado a cuidar da sua sobrinha após uma tragédia pessoal.