Uma presidente para o júri da Berlinale em 2019: Juliette Binoche, que tem mil e um projetos em mãos, como as produções de Claire Denis (High life) e Naomi Kawase (Vision) ainda por estrear, abriu uma brecha na sua agenda para comandar a competição pelo Urso de Ouro, presidindo uma equipa de jurados a ser divulgado até 25 de janeiro.
Atualmente enfurnada nos sets de filmagem do melodrama The Truth, sob a direção do japonês Hirokazu Koreeda (vencedor da Palma de Ouro deste ano, por Shoplifters), a estrela francesa de 54 anos vai emprestar a sua sabedoria ao júri do 69º Festival de Berlim (7 a 17 de fevereiro), para escolher quem irá ser premiado. A atriz parisiense já participou do evento múltiplas vezes. Foi premiada lá em duas ocasiões: em 1993, conquistou um troféu honorário por sua excelência em prol do cinema francês, e, em 1997, foi laureada por seu desempenho em The English Patient (O Paciente Inglês), pelo qual recebeu o Oscar de melhor secundária em Hollywood.
A longa-metragem de abertura da Berlinale será o misto de comédia, drama e romance The Kindness Of Strangers, da dinamarquesa Lone Scherfig, a ser exibido em concurso: é a história de um inverno em Nova Iorque, a partir de uma ciranda de paixões. Ainda esta semana serão divulgados alguns dos concorrentes ao Urso dourado, sendo que um conterrâneo de Binoche, François Ozon, está cotado para concorrer com Grâce à Dieu.
Estima-se a presença de medalhões autorais entre os concorrentes: o thriller Dominó, de Brian De Palma; o épico de guerra Radegund, de Terrence Malick; o ensaio poético As Filha do Fogo, de Pedro Costa; e o drama catalão Elisa y Marcela, no qual a realizadora Isabel Coixet recria o primeiro casamento homoafetivo da Espanha. O Brasil pode entrar em campo com Amor Divino, de Gabriel Mascaro.
