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Doclisboa’18 promete cinema português, descobertas e os “habitués”

Graves Without a Name (Rithy Panh, 2018)

Novamente, o Doclisboa demonstra um forte contingente de produções nacionais na sua programação. Esta 18ª edição conta-se com 18 filmes, oscilando entre a curta e longa metragem, dispersado em autores já conhecido entre o avido público do certame como Salomé Lamas (Extinção), Leonor Teles (que estreia no universo das longas com Terra Franca), Paulo Abreu (Alis Ubbo), Filipa César (Sunstone), entre outros.

Na Competição Internacional, os títulos chegam aos 22, destacando Brisseau – 251 rue Marcadet, de Laurent Archard, um filme-testemunho do cineasta, agora “maldito”, Jean-Claude Brisseau; e Antecâmara, o regresso de Jorge Cramez (Amor, Amor) à realização. Quanto às secções habituais, Da Terra e da Lua exibirá os novos filmes de Rithy Panh, Michael Moore, Frederick Wiseman e Wang Bing. Na Riscos, o espaço mais ousado do festival, temos James Benning e Mike Hoolboom como realizadores convidados e ainda um especial da filmografia do ator francês Jean-François Stévenin que estará presente no festival para exibir os seis trabalhos enquanto realizador.

Já o Verdes Anos repesca os três primeiros filmes dos cineastas Miguel Gomes, David Pinheiro Vicente e Cláudia Varejão, que acompanharão toda uma seleção de novos trabalhos com a eventualidade de descobrir novos autores. Quanto à Heart Beat, possivelmente a secção mais aderida e apreciada do festival, Depeche Mode, Chilly Gonzales, Aretha Franklin e o jazz norte-americano serão os acordes celebrados ao ritmo do Doclisboa.

Infinite Football (Corneliu Porumboiu, 2018)

Decorrendo de 18 a 28 de outubro, na Culturgest, no Cinema São Jorge, na Cinemateca Portuguesa e no Cinema Ideal, o Doclisboa será marcado por uma retrospetiva a Luis Ospina, realizador colombiano que terá aqui o seu mais exaustivo ciclo na Europa, e ainda o raro filme Melodrama, de Jean-Louis Jorge, escolhido pelo próprio. Premiado em Berlim, The Waldheim Waltz, de Ruth Beckermann, que explora o passado negro e a ligação nazi de Kurt Waldheim, antigo Secretário-Geral das Nações Unidas, terá a honra de abrir o certame, enquanto Infinite Football, do romeno Corneliu Porumboiu, encerrará o festival.

Toda a programação poderá ser vista aqui