Com o desenvolvimento de plataformas informáticas internacionais, onde a informação pessoal é disponibilizada, mesmo que de forma selectiva, as questões sobre a segurança desta informação e a possível utilização incorrecta da mesma levantam-se. “Summer Wars” é um filme que explora essas questões, num mundo virtual “Oz”, onde até pagar os impostos é possível. Contrapondo à vida virtual os valores tradicionais da família e da comunidade, “Summer Wars” não é no entanto um manifesto anti-tecnológico, antes uma exortação à interacção e ao equilíbrio entre as duas.
É um filme que se baseia muito em elementos tradicionais da cultura japonesa, bem como na sua História, mesclando-os com as representações menos ortodoxas que por vezes alguns desses mundos virtuais permitem. É um exercício visual magnífico e um filme emocionante. Simplificando elementos da tecnologia e misturando-os na história de forma visual (um bocado como William Gibson em “Neuromancer”), atingem-se momentos de tensão e de compreensão que ultrapassa a tecnologia actual e as suas limitações.
O Melhor: O evitar a posição anti-tecnológica, levantando questões pertinentes.
O Pior: Nem tudo faz sentido, mas a coerência do filme não é afectada.
