Um traficante e a sua namorada enganam o patrão e ficam presos num circulo vicioso de viagens no tempo.
Apesar de muito desconhecido do público português, o cinema húngaro é diverso e rico em filmes “fora da caixa” como este Loop. O c7nema falou com o realizador Isti Madarász, que após uma longa carreira como argumentistas e autor de curtas-metragens premiadas, se lança na primeira longa-metragem.
Como surge a ideia de “Loop”?
Eu sempre adorei filmes sobre viagens no tempo. Via e revia esses filmes, fascinado com as possibilidades que essa narrativa abre em termos de “storytelling“. Todos já tivemos eventos da nossa vida onde estivemos mal, magoamos alguém, e que gostávamos de voltar atrás e alterar. Foi a partir dessa ideia que escrevi Loop.
For complicado financiar um projeto assim?
Foi difícil encontrar um produtor que acreditasse nesta história. Não é o típico filme húngaro, e para a maioria dos produtores um filme de género está totalmente fora de hipótese. Mas o Tamás Hutlassa e a sua Café Films disse que estava disposto a arriscar. E o Fundo de Cinema Húngaro adorou o projeto, e apoiou o desenvolvimento do argumento, com consultores que ajudaram a que tudo ganhasse forma. Quando o argumento ficou fechado, o Fundo financiou o projeco inteiro. Foi perfeito.
Em 2007 participaste no Berlinale Talent Campus. Como ajudou isto a tua carreira?
O Berlinale Talent Campus abriu os meus olhos acima de tudo para ver o quão fantástica a vida cinematográfica europeia é. Conhecia gente de área, da minha idade, e percebi que tinha muito gente com quem trabalhar – e para me fazer concorrência. Isto deu-me um padrão de exigência alto, foi muito inspirador.
Eu sou de um terra pequena da Hungria (Miskolc) e estar em Berlim no festival ajudou-me a sair de lá criativamente.
Como for passar para realizar longas-metragens?
Foi excelente, adorei a transição. Já tinha muito experiência em séries de televisão e curtas-metragens. Com uma longa-metragem, a equipa é maior e o calendário mais pesado. Mas gostei da responsabilidade.
O que deve o público do Fantas esperar de Loop?
Se gostarem de filmes com viagens no tempo, acho que vão encontrar muitas ideias que gostam. É uma história romântica com um contexto fantástico, onde antes e depois nos vão revelando sempre coisas novas. A sua estrutura estilo Mobius faz-nos reviver os mesmos momentos mas com um “twist”. É um filme feito para esse público.
Conheces o Fantas?
Já conheço bem o festival de reputação, e vou estar presente.