Sexta-feira, 29 Março

«Goosebumps 2: Haunted Halloween» (Goosebumps 2: Arrepios no Halloween) por Ilana Oliveira

Sequência do filme de 2015, Goosebumps 2: Haunted Halloween, vem aos cinemas para contar a história de uma nova família envolvida com os contos de R. L. Stine (o criador real da série de livros homónima), e mais uma vez para enfrentar o ventríloquo amaldiçoado Slappy e tentar salvar a cidade.

Com uma estrutura de longe inovadora, o argumento sofre com diversos usos de clichés, criando uma história nada inventiva e que de nada cumprirá o seu papel como entretenimento. Mesmo com Jeremy Ray Taylor, o Ben Hanscon da última versão de IT, o desenvolvimento das personagens baseia-se nos estereótipos a eles incutidos, inclusive nos seus diálogos e relações familiares superficiais. Deixando assim, mesmo atores promissores, com pouco para ser trabalhado e facilmente esquecíveis.

Caleel Harris, interpretado por Sam Carter, faz um bom trabalho como o amigo divertido e sem medos, porém sofre com a mesma falha de qualquer outra personagem: a falta de desenvolvimento. Jack Black regressa ao papel do escritor Stine, sendo claramente uma demonstração que o fizera por conta de seguimento de contrato, a sua aparição mínima é ainda uma imitação de trabalhos anteriores e que de nada acrescenta à narrativa, tornando-se uma personagem inútil.

Ponto positivo está no trabalho de animação, mas que de nada supera a qualidade de seu anterior feito 3 anos antes. Para aqueles que não tenham assistido o seu antecessor, este infinitamente melhor que o atual, pode ser suficiente para um público infantil que ainda pode se interessar por filmes datados de Halloween.

No final, Haunted Halloween não faz jus ao primeiro Goosebumps em nenhum nível, mas poderá circular dentro das TVs norte-americanas dirigidas a crianças que ainda consomem este tipo de produção.

Ilana Oliveira

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