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Fantasporto 2018: «Still/Born» e «Living Among Us» por José Pedro Lopes

Vindo de Sitges para o Fantasporto, Still/Born é uma proposta relativamente comum neste tipo de certames: um filme de terror numa casa grande, com muita antecipação e suspense, e uma série de manifestações sobrenaturais à mistura.

No caso em específico, seguimos uma mulher que perde um dos filhos gémeos no parto. Quando o marido tem de se ausentar para trabalhar, ela começa a perceber que uma figura sinistra anda a tentar de apoderar do espírito do seu filho sobrevivente.

O desenvolvimento de Still/Born é bastante óbvio, e quando finalmente o filme abre o jogo não consegue se livrar de cair em lugares comuns. Mesmo assim, é um filme que se defende da vulgaridade graças à entrega da atriz Christie Burke ao papel de mãe em espiral de loucura e fica a ideia também que talvez no próximo filme o canadiano Brandon Christensen arrisque mais.

Living Among Us tem de lidar com uma comparação difícil. O seu “pitch” de elevador seria que se trata de um “documentário falso sobre um antro de vampiros“. Qualquer fã do fantástico irá dizer que é a ideia de “What We Do in the Shadows“, filme de 2014 assinado por Taika Waititi que já é uma obra de culto.

O filme de Brian Metcalf apresenta-se como um terror “found footage” divertido, com momentos oportunos de humor e uma recta final de sustos bem conseguida. No entanto, nada de novo traz a um género já demasiado exposto depois das sagas O Projecto Blair Witch e Actividade Paranormal.

Acabamos por ficar assim entregues ao que é um filme de terror de rotina, uma produção indie americana destina a ficar no meio do mar de lançamentos VOD do ano.