Fortemente inspirado pelo Homem-Aranha, esta produção dinamarquesa baseada nos comics infantis de Kenneth Bøgh Andersen acompanha um rapaz, Pelle (Oscar Dietz), que depois de ser picado por uma formiga ganha superpoderes, o que vai fazer com que se dedique a combater o crime, enquanto tenta conquistar a atenção de Amanda (Cecilie Alstrup Tarp), a menina mais bonita da escola.
Orientado exclusivamente para um público infantil, Antboy – que não se chama Ant-Man porque o nome estava já registado – é acima de tudo uma forma do realizador Ask Hasselbalch mostrar o seu fascínio pelo universo dos superheróis, mas isso não chega para entregar ao público um filme minimamente interessante ou que traga verdadeiramente algo de novo para uma indústria do cinema tão saturada deste tipo de obras.
Na verdade, Antboy revela-se quase como um telefilme de baixo orçamento, onde não faltam os dilemas morais habituais de quem conquista novos poderes, uma paixoneta infantil tão óbvia como desinteressante e uma grande empresa que não se comportou como devia com os antigos funcionários.
E se o nosso herói não tem particular carisma, o mesmo se pode dizer do vilão, resultando todo este filme em 1h15 onde se destacam mais os detalhes, como os gostos em comics e referências que Wilhelm (Samuel Ting Graf), o melhor amigo de Pelle, nos vai mostrando, que o todo. Se querem uma interessante proposta europeia no universo dos super-heróis, mais vale rever O Rapaz Invisível.
O Melhor: Os detalhes
O Pior: Uma cópia do Homem-Aranha com recursos e ideias muito limitadas
Jorge Pereira
