Sexta-feira, 19 Abril

«Captain America: The Winter Soldier» (Capitão América: O Soldado do Inverno) por Ricardo Du Toit

Depois de ter passado mais um capítulo nesta longa aventura do universo cinemático da Marvel, é com um novo filme de Capitão América que as coisas voltam a ganhar a espetacularidade que nunca deveriam ter deixado de ter. E se a sequela de Thor desiludiu mais do que devia, é com este Capitão América: O Soldado do Inverno que a Marvel se redime, oferecendo uma obra de super heróis menos heróica, mas com ação mais sólida, ainda que os ditos super poderes sejam utilizados com bastante frequência.

Nesta sequela, o Capitão América, também conhecido por Steve Rogers (Chris Evans), é um soldado da S.H.I.E.L.D. sob o comando de Nick Fury (Samuel L. Jackson) e que, juntamente com a sua parceira, a Viúva Negra (Scarlett Johansson), descobre que a agência está comprometida e que não pode confiar em ninguém. Entretanto, o secretário Alexander Pierce (Robert Redford), o número 2 no comando da S.H.I.E.L.D., classifica o Capitão América como uma ameaça e tenta caçá-lo com a ajuda do Soldado de Inverno (Sebastian Stan), um velho conhecido de Steve.

A trama de Capitão América: O Soldado do Inverno é sólida e soberba, fazendo inveja a muitos filmes de espionagem e ação. Sem grande falhas a nível de argumento, fora uma pequena confusão a seguir à primeira reviravolta na história, um bom ritmo – variado entre grandes sequências e momentos mais calmos – esta continuação brilha naquilo que mais queríamos: a ação. Para além disso, realce para o bom tratamento dado às novas personagens, sobretudo a Alexander Pierce, que mostra Robert Redford numa das suas facetas mais maléficas, e Sam Wilson aka Falcon (Anthony Mackie), que se revela uma bela adição às possíveis sequelas da franquia. Aproveito ainda para mencionar o pequeno papel de Emily VanCamp, como Sharon Carter, que espero que seja desenvolvido no futuro. O cameo de Danny Pudi consegue estar ao mesmo nível do de Stan Lee, o que certamente representará um pequeno mimo para os fãs de Community, série que os realizadores partilham na sua filmografia.

O humor típico da saga, que tem variado nos últimos filmes, volta a destacar-se, embora por vezes surja de forma anticlimática. Ainda assim, este é na maioria das vezes apropriado, até porque faz parte das características intrínsecas das personagens, sabendo o espectador com o que contar.

De resto, há pequenos “easter-eggs” por todo o lado, tais como menções a personagens novas, locais icónicos, enfim, uma série de detalhes e preciosidades que fazem deste filme o melhor da Marvel, arriscando-me eu a dizer que supera Os Vingadores.

Não esquecer que há duas cenas pós-créditos, como tem sido hábito, sendo que a primeira revela um pouco do que podemos contar em Avengers: Age of Ultron e a segunda o que podemos começar já a especular sobre a já confirmada terceira sequela de Capitão América, que para já – e até ver – irá lutar nos cinemas com o esperado Batman Vs Superman da DC Comics/Warner Bros.

O Melhor: A trama, a ação, as personagens, o humor, ser o sonho de qualquer geek.
O Pior: Saber que mais nenhum futuro filme da Marvel será tão balançado.


Ricardo Du Toit

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