Sábado, 18 Maio

«Malavita» por Ricardo Du Toit

Depois de uma jornada a realizar filmes de animação, Luc Besson volta ao cargo para produzir um filme que tem tanto estilo quanto se espera e que conta com a produção executiva de Martin Scorsese.

Malavita conta a história de Fred Blake (Robert De Niro), nome do qual ele adotou depois de ter feito denuncias contra a máfia nova-iorquina e de ser inserido, juntamente com a sua família, no Programa de Proteção Testemunhas, sob a supervisão do FBI e do agente Robert Stansfield (Tommy Lee Jones).

Agora deslocados para a Normandia, França, região conhecida pelo seu papel no Dia D durante a Segunda Guerra Mundial, a família, constituída por Fred, a sua mulher Maggie (Michelle Pfeiffer), os seus filhos – Warren (John D’Leo) e Belle (Dianna Agron) – e a cadela sempre fiável Malavita, tentam readaptar-se à sua casa nova.

A realização de Besson, apesar de estar longe daquilo que tanto gostamos em filmes como Leon: O Profissional está exatamente no ponto certo, equilibrando os momentos calmos, os cómicos (que são muitos) e os de ação intensa.

Quando Maggie e Fred não estão a discutir sobre a história verídica que ele anda a compor numa máquina de escrever, são os filhos, Warren, um rapaz calculista e cuidadoso com o seu meio, e Belle, a típica estrangeira gira que todos os rapazes querem, que roubam o espetáculo com o diário da vida deles.

É nos últimos 25 minutos que a coisa aquece e entra no estado de puro divertimento, com um clímax previsível mas bom de se ver por estabelecer as suas próprias regras em algo que já se viu milhentas vezes. É aqui que Malavita consegue fazer sucesso, sem grandes exageros a nível visual.

Ainda assim, não é propriamente um filme para pensar, mas é certamente uma bela sessão passada no cinema.

O Melhor: A comédia e a relação Robert De Niro/Tommy Lee Jones
O Pior: A Malavita podia ter tido mais tempo de antena.


Ricardo Du Toit

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