Terça-feira, 23 Abril

«Thor: The Dark World» (Thor: O Mundo das Trevas) por Ricardo Du Toit

Quase seis meses depois de Homem de Ferro 3, estreia o segundo filme da Phase Two da Marvel Cinematic Universe, a caminho de Avengers: Age of Ultron.

Neste filme, Thor (Chris Hemsworth) está em processo de manter a paz entre Asgard e os Nove Reinos, enquanto Loki (Tom Hiddleston) é dado uma sentença de prisão depois dos seus feitos em Os Vingadores.

Entretanto, em Londres, Jane Foster (Natalie Portman) e a sua equipa de cientistas descobrem um local onde as leis da física não se aplicam, incluindo alguns portais onde Jane encontra Aether, uma energia poderosa que toma conta do seu corpo. Nisto, Thor vê-se obrigado a levar Jane para Asgard de modo a perceber o que se passa com ela e é aqui que Malekith (Christopher Eccleston), imperador dos elfos negros, decide invadir Asgard e apoderar-se da força brutal que ameaça o universo.

Os fãs da Guerra dos Tronos irão reconhecer logo os cenários e a forma com que Alan Taylor os apresenta só prova que foi a escolha apropriada para esta sequela, com o cuidado de mostrar os diferentes mundos únicos, cada um na sua perspetiva. O regresso de Thor não podia ser melhor, mais forte e consciente que nunca, com o objetivo de que haja paz nos Nove Reinos e a saudade que tem de Jane, deixada na Terra, motivam-no para que haja equilíbrio no seu universo.

O problema aqui reside em Malekith, que não é propriamente o vilão que dê problemas de maior ao herói, com o desperdício de ser usado de uma forma previsível. Assim, ele vem a ser o elo mais fraco do filme, com um confronto final com menos impacto do que poderia. O triângulo amoroso entre Thor, Jane e Sif é também algo que podia ter sido melhor explorado, bem longe do seu potencial. Fora isso, a ação é coerente, balanceada com uma quantidade apropriada de comédia (menos exagerada que em Homem de Ferro 3), fazendo desta obra o filme de super-heróis que ninguém vai querer perder. Loki, por sua vez, faz novamente a delícia dos fãs, com a sua personalidade maléfica, mas charmosa, que aqui continua em alta.

Infelizmente, no fim das contas, ficamos com um sabor algo agridoce, com a sensação que a Marvel está a tomar por garantido que os fãs mais dedicados comem qualquer coisa que lhes metam à frente, fazendo um filme um bocado a “encher chouriços” (ainda que seja um chouriço bom).

Um reparo para a aparição de um Vingador muito especial pelo meio. E não esquecer das duas cenas pós-créditos (na qual a segunda é dispensável).

O Melhor: A ação e a realização de Taylor.
O Pior: Vilão pouco ameaçador. Ser apenas mais um capítulo até Avengers: Age of Ultron.


Ricardo Du Toit

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