Se a protagonista deste filme tivesse aparecido na década de 70 ou 80, a história dos slashers seria muito diferente. Isso porque Jason, Freddy Krueger, Leatherface e outros malfeitores mascarados dificilmente poderiam perpetrar impunemente as atrocidades que os tornaram famosos.
Ela chama-se Erin (Sharni Vinson) e, aparentemente, é apenas uma pacata estudante universitária que vai à casa do namorado (AJ Bowen) para conhecer os pais, os irmãos e os cunhados dele. Encantada com a reunião de família, algo que nunca teve, fica bastante zangada quando um maníaco mascarado começa a fazer das suas peripécias sangrentas – dando início a um longo duelo de dardos, machados, martelos, punhais, facas de todos os géneros e feitios e até uma estranha morte por electrocução a partir de uma batedeira cravada no cérebro!
Embora não traga propriamente inovações, a narrativa impecável construída por Adam Wingard [que realizou um dos segmentos de V/H/S 2, presente igualmente no MOTELx] cria um filme eficaz e extremamente divertido. A história começa como sendo a sério mas, mesmo quando se tornam evidentes as proximidades com o splatstick, o filme nunca cai na paródia fácil, garantindo algumas piadas bastante inventivas até o final. Claro que não vale a pena pensar que a explicação por trás de tudo é absurda, para além do cinema de horror já andar a brincar com os elementos dos slashers desde os Gritos de Wes Craven. O que importa é que é engraçado na mesma.
O Melhor: a realização impecável; os momentos hilariantes
O Pior: não traz grandes surpresas
Roni Nunes