Sábado, 20 Abril

«Star Trek» por João Miranda

Pegar em séries de culto, quer de cinema, quer de televisão, é sempre um exercício arriscado: tentar agradar aos seguidores e aos que desconhecem o original por completo nem sempre funciona bem e muitas vezes não são só os “fanboys” que ficam desiludidos com o resultado. Felizmente, J.J. Abrams conseguiu usar a sua experiência de televisão (Lost, Alias, Felicity) e a de cinema (Cloverfield, Mission: Impossible III) e produzir um filme surpreendente.
 
Focando-se no período antes da série original, o filme segue o crescimento das personagens e a forma como se encontraram todos na Academia da Federação, antes de entrarem para a tripulação da lendária U.S.S. Enterprise na sua viagem inaugural. O conceito base do filme é a ideia de génio da equipa que pensou nesta nova aventura e que permite, após mais de 40 anos depois de estrear na televisão e de uma dezena de filmes, alguma liberdade para reinventar a série para uma nova geração, sem nunca esquecer as referências obrigatórias e as frases típicas de cada personagem. 
 

Foi apresentada por alguns, incluindo Roger Ebert, a crítica de que o filme, com o seu foco na acção, vai contra o tema original da série – de explorar conceitos éticos, morais e filosóficos em cada episódio – mas a ideia é explorar a relação entre as personagens que já conhecemos tão bem, num filme que, apesar do seu valor de produção, não pretende mais do que ser um série B de ficção científica.

 

O Melhor: A relação entre Kirk e Spock e a reinvenção da série.

O Pior: Por vezes perde-se e tem elementos acessórios, mas toleráveis. 

 
 João Miranda

 

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