Sábado, 20 Abril

O magnetismo de Luciano Pavarotti em documentário

O documentário Pavarotti já se encontra em exibição em Portugal

Depois de Jay-Z:Made in America em 2013 e The Beatles: Eight Days Days a Week — The Touring Years, Ron Howard (Ed TV; O Código DaVinci) traz até nós mais um documentário com forte componente musical, desta vez em torno do tenor Luciano Pavarotti, falecido em 2007.

Segundo Howard, o que une todas estas figuras musicais é a “excelência”, mas no caso de Pavarotti surpreendeu-o este não ser um prodígio, mas essencialmente “produto da tragédia da Segunda Guerra Mundial na Itália do pós-guerra.

Em declarações ao Hollywood Life, o cineasta diz que Pavarotti “carregava consigo uma insegurança vitalícia porque as exigências da sua forma de arte eram tais que ele nunca poderia ter certeza de que poderia satisfazer as demandas e as expectativas do público, ou suas próprias expetativas“.

Passando pelos momentos chave da vida do tenor italiano, Howard faz o retrato de uma figura ímpar de sorriso encantador e voz magistral, uma “estrela pop” no universo do canto lírico e ópera, que conquistou multidões, tinha uma paixão pelas mulheres, elemento que não só conduziu toda a sua infância mas também vida adulta, onde não faltaram também tensões familiares, divórcios e dramas com os filhos, um dos quais se viu ameaçado pela doença.

É um trabalho bem orquestrado a partir de uma seleção cuidada do material, pois ao contrário de muitas outras estrelas, aqui existia um grande volume de imagens, quer pessoais, quer difundidas nas televisões.

Não falta também o sucesso massivo de Os Três Tenores, onde Luciano, Plácido Domingo e José Carreras tornaram-se um fenómeno sem precedentes na ópera, assim como a sua parceria com a Princesa Diana e Bono para arrecadar fundos para instituições de caridade e causas políticas internacionais.

Embora simples e facilitado por um arco de vida com sucesso próximo às melhores histórias do Cinema, este documentário de Howard vai além da música e entra no homem, mostrando defeitos, virtudes e um dom que ia além da voz e que entra na esfera do contacto com as massas.
E esse magnetismo é que o destacava.

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