Quinta-feira, 18 Abril

Tilda Swinton: 12 filmes que demonstram a sua versatilidade

 Tilda Swinton é um dos grandes nomes do cinema britânico e mundial e, indiscutivelmente, uma das atrizes mais versáteis do nosso tempo.

Foi pela mão de britânico Derek Jarman – cineasta, cenógrafo, argumentista e um dos grandes nomes do cinema queer –  que a atriz deu os seus primeiros passos, inicialmente com “Caravaggio” (1986) e mais tarde com “The Last of England” (1987), “War Requiem” (1989), “The Garden” (1990),  “Edward II” (1992) e “Wittgenstein” (1993).

Conhecida nos dias que correm por tanto trabalhar junto a cineastas independentes – como Spike Jonze (Inadaptado), Jim Jarmusch (Flores Partidas, 2006;Os Limites do Controlo, 2009; Só os Amantes Sobrevivem, 2013), Lynne Ramsey (Temos de Falar Sobre Kevin, 2011) e Wes Anderson (Moonrise Kingdom, 2012; O Grande Hotel Budapeste, 2014) – como em grandes produções, como Constantine (2005), As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Caminheiro da Alvorada (2010) ou Snowpiercer (2013), Tilda vai deixando a sua marca no cinema, não lhe faltando mesmo já um Oscar, conquistado pela sua participação em Michael Clayton (2007).

Presenças em filmes de Béla Tarr (O Homem de Londres), David Fincher (O Estranho Caso de Benjamin Button), dos irmãos Coen (Destruir Depois de Ler), Cameron Crowe (Vanilla Sky), Danny Boyle (A Praia) e Terry Gilliam (O Teorema Zero) preenchem ainda um curriculum tão eclético como premiado. Ainda assim, e numa entrevista que deu durante a promoção a Só os Amantes Sobrevivem, afirmou: «Não sou uma atriz. Já o disse várias vezes. Não levo uma vida de atriz nem pretendi ser uma. Não penso como os atores. Não sei atuar e não me interessa realmente». Imaginem se soubesse…

Aqui deixamos 12 papéis que demonstram a versatilidade da atriz e a forma camaleónica como trabalha, tendo a perfeita noção que muitos dos filmes excluídos desta lista poderiam igualmente estar presentes. 

Caravaggio (1986)

Neste filme – presente no Festival de Berlim – sobre o famoso pintor barroco, Tilda tem uma presença num pequeno – mas crucial – papel, funcionando como uma das partes de um triângulo amoroso tão sórdido como trágico. 

Orlando (1992)

Nesta fita, baseado na obra de Virginia Woolf, Tilda Swinton interpreta a figura andrógina de Orlando, que vive durante quatrocentos anos, entre 1600, durante o reinado de Elisabete I até ao século XX. Pelo seu desempenho, a atriz venceu o prémio de melhor atriz (estrangeira) nos prémios do cinema italiano, e nos festivais de Seattle e Salónica.

Desejos Virtuais (2002)

Ficção cientifica onde Tilda é Rosetta Stone, uma investigadora que descarrega o seu ADN num programa de inteligência artificial criando três clones suas que vivem virtualmente mas têm acesso ao mundo real. Apesar de ser um dos filmes com menos reconhecimento na sua carreira, a atriz multiplica-se em cena e conquista o público.

Constantine (2005)

Pequena (grande aparição) de Tilda Swinton no papel do anjo Gabriel num filme onde Keanu Reeves interpretava a famosa personagem da banda-desenhada.

As Crónicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (2005)

Tilda Swinton oferece uma representação impressionante no papel da implacável e calculista Bruxa Branca, a grande vilã. Uma das suas rarissimas incursões numa saga.

Júlia – Uma Vida de Sombras (2008)

Tilda volta a ganhar um enorme reconhecimento perante a crítica de cinema no papel de uma alcoólica manipuladora, pouco fiável e mentirosa compulsiva.

Eu Sou o Amor (2009)

Brilhante papel de Swinton como Emma, a matriarca de uma abastada família milanesa. Sobre a sua personagem, descreveria ao c7nema: «Gostei da calma dela. Ela não verbaliza muito. Apesar de não ser italiana, é russa, mas não é uma pessoas que falaria muito, mesmo na sua língua. É alguém que serve há muito a vontade alheia. E de repente salta do seu ser para se libertar».

Temos de Falar Sobre Kevin (2011)

Tilda é Eva Katchadourian, uma mãe que está a sofrer as consequências dos atos do seu primogénito, Kevin, uma criança agressiva e cruel que nutre uma assustadora hostilidade em relação a ela. Com a sua participação, a britânica venceu o prémio de melhor atriz nos Prémios do Cinema Europeu, sendo ainda nomeada aos Globos de Ouro e aos BAFTA.

Só os Amantes Sobrevivem (2013)

A atriz – que foi nomeada aos Independent Spirit Awards – assume aqui o papel de Eva, uma vampira que há vários séculos é acompanhada no seu quotidiano pelo também vampiro Adam (Tom Hiddleston). 

Snowpiercer (2013)

Tilda assume aqui nesta ficção cientifica distópica o papel da grande vilã Mason, numa performance absolutamente devastadora, quer na interpretação, quer na sua transformação física. 

O Grande Hotel Budapeste (2014)

Depois de já ter trabalhado com Wes Anderson em Moonrise Kingdom (2012), Tilda surge em mais uma obra do cineasta num pequeno mas marcante papel. A atriz, com grande ajuda da equipa de maquilhagem, ganha mais 40 anos e assume o papel de Madame D, uma velha viúva rica que está mais perto dos 100 anos do que da sua verdadeira idade.

Descarrilada (2015)

Tilda abandona completamente o visual andrógino e desempenha o papel de Dianna, uma diretora de uma revista de moda.  «Agrada-me que as pessoas digam que sou irreconhecível. É muita maquilhagem, solário e uma peruca. A verdade é que muitas mulheres têm o visual da Dianna, mas as pessoas talvez não esperassem vê-lo em mim», afirmou em entrevista.

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