Quarta-feira, 17 Abril

Seis novos títulos de Ingmar Bergman em reposição

 

Após o sucesso de reposição de 17 obras de Ingmar Bergman, que contou com mais de 27 mil espectadores, a Leopardo Filmes e a Medeia Filmes acrescentam seis títulos à coleção. Estas poderão ser vistas a partir de 25 de junho em Lisboa, no Espaço Nimas, ou a partir de 2 de julho no Porto, no Teatro Municipal Campo Alegre.

Por ordem cronológica, Rumo à Felicidade (1950) é um dos primeiros Bergman (o seu oitavo esforço na realização), acompanhando os dilemas matrimoniais de um casal de músicos que toca na mesma orquestra. Para além de enaltecer a admiração do realizador pela música clássica, o filme conta ainda com a presença de Victor Sjöström, um dos ídolos de Bergman, também presente no mais célebre Morangos Silvestres (1957), também do cineasta sueco.

Segue-se O Rosto (1958), uma das onze colaborações com o actor Max von Sydow, onde o ator interpreta o papel de um mágico e do registo de casos sobrenaturais que há nas suas atuações. Venceu o prémio especial do júri no Festival de Veneza no ano seguinte ao de estreia.

Com uma menção especial em Cannes e o primeiro Óscar da carreira do realizador, A Fonte da Virgem (1960) é um conto medieval, onde uma jovem é violada e assassinada, o que leva a uma resposta de violência e justiça própria pela parte dos pais contra os agressores. Estará presente numa versão restaurada.

Há um regresso à célebre “Trilogia do Silêncio de Deus” através de Luz de Inverno (são os outros dois, Em Busca da Verdade e O Silêncio, já exibidos na anterior reposição), drama existencial de um pastor de uma paróquia, após a morte da sua mulher. Definido pelo cineasta sueco como o seu filme favorito e um dos seus mais autobiográficos, é também um dos que torna explicitamente visível o tema mais recorrente na carreira do realizador: a religião como propósito da vida. Também em versão restaurada.

A Força do Sexo Fraco (1964), uma das poucas comédias que Bergman realizou e o seu primeiro filme a cores, numa história de chantagem e música, após um conjunto de entrevistas de um crítico de música às mulheres que fazem parte da vida de um violinista.

Por fim, uma outra edição restaurada, desta feita, A Flauta Mágica (1975), adaptação homónima da ópera de Mozart para os palcos de um teatro que o cineasta não hesita em expor.

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