Sexta-feira, 19 Abril

Roman Polanski «escapa» a nova investida das autoridades norte-americanas

O cineasta franco-polaco Roman Polanski conseguiu mais uma vez “evadir-se” a uma nova investida das autoridades norte-americanas. Segundo a imprensa internacional, funcionários judiciais dos EUA pediram ao governo polaco para aproveitarem a participação de Polanski na abertura de um museu judaico em Varsóvia, para o deterem e iniciarem o processo de extradição.

Em declarações à AFP, um porta voz de Mateusz Martyniuk, Ministério da Justiça da Polónia, afirmou que Polanski “iria cumprir com todas as solicitações feitas pelo Ministério Público e que forneceu mesmo uma morada no território”. Assim, os promotores decidiram não deter o realizador em conexão com o pedido de extradição dos Estados Unidos.

Martyniuk disse ainda que a extradição de Polanski era possível, mas que os EUA teriam de fazer um novo pedido para que isso acontecesse e que até lá o cineasta está livre de viajar. De acordo com a lei local, o governo polaco não é obrigado a ceder às pretensões dos EUA, mas poderá assim fazê-lo se o entender.

Recordamos que Polanski declarou-se culpado de ter relações sexuais com Samantha Geimer (então com 13 anos de idade), em 1977. Porém, o mesmo abandonou o país em 1978, antes da sentença, continuando a justiça norte-americana a tentar detê-lo até hoje.

Vale a pena lembrar que a vítima, Geimer, já veio várias vezes a público afirmar que é inteiramente injusto que a justiça continue a perseguir o realizador tantos anos depois e que «não tem razões para o odiar» (ler artigo).

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