O premiado documentário E Agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto (Prémio Especial de Jurí e de Crítica na edição de 2013 do Festival de Locarno), um autorretrato da sua convivência com o HIV e Hepatite C e contra os quais luta há anos ao lado do seu companheiro Nuno Leonel, estreará em circuito comercial já nesta quinta-feira (28 de agosto) e será, antes de mais, o filme de inauguração do Cinema Ideal, Lisboa, com abertura no exato dia.
Associando-se de certa forma a essa estreia, a Cinemateca-Portuguesa Museu do Cinema dedica uma retrospetiva da obra de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, que decorrerá no início do próximo mês de setembro (entre os dias 2 a 6).
A mostra terá como abertura as curtas-metragens Surfavela (1996), Com Cuspe e Jeito se Bota no Cú do Sujeito (1997), Entrevista com Yvonne Bezzera de Mello (1997) e Porca Miséria (2007), que serão exibidas no dia 2, seguidos pelas primeiras obras de cada um dos realizadores; Uma Pedra no Bolso (1987), de Joaquim Pinto, e a curta de animação Santa Maria (1992), de Nuno Leonel.
No dia 3 de setembro será exibida a cooperação entre Joaquim Pinto e Raoul Ruiz, The Territory (1981), marca presença no ciclo e o recente Novo Testamento de Jesus Cristo Segundo João (2013), apresentado no último IndieLisboa. Dia 4 é a vez de Fim de Citação (2013), Das Tripas Coração (1992) e Para Cá dos Montes (1993).
No penúltimo dia será exibido O Rei das Rosas (Der Rosenkoning, 1986), de Werner Schroeter, que contou com som de Joaquim Pinto, Schizophrenia (1995), de Nuno Leonel, e Onde Bate o Sol (1989), de Pinto. A retrospetiva será encerrada no dia 6 com Rabo de Peixe (2003) e Sol Menor (2007), duas obras dirigidas pela dupla homenageada.
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